sábado, 25 de fevereiro de 2012


“Ela era
 assim mesmo, dessas garotas bem tortas. E gostava de ser assim,
 diferente. Ela provocava risos, e tinha a ironia na ponta da língua.
 Sabia usar o sarcasmo como ninguém. Ela não era de sorrisos fáceis, mas
 sempre que sorria, fazia-o com os lábios, e também com os olhos. Ela
 conservava seus amigos, que não eram muitos, mas sim, eram os melhores.
 Como eu disse, ela era torta, errada, mas era ela sem artifícios, sem
 muitos enfeites, porque ela fazia questão de dizer “eu quero que as
 pessoas gostem de mim pelo que eu sou”. Ela era certa, e errada. Cheia
 de imperfeições incorrigíveis. E o melhor de tudo é que ela ainda gosta
 de ser assim, torta.”
"Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver. Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive." — Caio F. Abreu


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você”. A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."
- Rubem Alves

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"O SILÊNCIO É UM TEXTO FÁCIL DE SER LIDO ERRADO."
POR MAIS QUE O TEMPO PASSE,
O AMOR NÃO PERDE ESSA ANTIGA  MANIA
DE CONTINUAR A F-L-O-R-I-R.


Pode falar que eu não ligo,
Agora, amigo,
Eu tô em outra,
Eu tô ficando velha,
Eu tô ficando louca.
Pode avisar qu'eu não vou,
Oh oh oh...
Eu tô na estrada,
Eu nunca sei da hora,
Eu nunca sei de nada.
Nem vem tirar
Meu riso frouxo com algum conselho
Que hoje eu passei batom vermelho,
Eu tenho tido a alegria como dom
Em cada canto eu vejo o lado bom.
Pode falar qu'eu nem ligo,Agora eu sigo
O meu nariz,
Respiro fundo e canto
Mesmo que um tanto rouca.
Pode falar, não importa
O que eu tenho de torta,
Eu tenho de feliz,
Eu vou cambaleando
De perna bamba e solta.
...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sim,minha força está na solidão.
Não tenho medo de chuvas tempestivas,
nem das grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.

 Clarice - Maravilhosa - Lispector
Levo comigo a estranha mania de sempre
continuar a FLORIR,gosto de cultivar jardins.
Naquele dia fazia um azul tão límpido,meu Deus,que eu me sentia perdoado pra sempre,não sei de quê.
Perdoem o silêncio,
o sono,a rispidez,
a solidão.
Está ficando tarde, e
eu tenho medo de ter desaprendido o jeito.