domingo, 10 de outubro de 2010


Voce não cresceria se eu o mantivesse preso num pequeno vaso.Eu compreendi a tempo que voce precisava de muito espaço..

Eu que me agüente comigo e com os comigos de mim.

“Tenho o prazer de me danar e me recompor sozinha. Não preciso de muletas.”





"De uns tempos pra cá muita coisa mudou.Deletei um monte de gente da minha vida. Tudo sem um pingo de remorso.Quem me conhece sabe que nunca fui assim. Sempre dei segundas, terceiras e décimas chances pra todo mundo. (...)A verdade é que, se me analisarem hoje, eu virei outra pessoa.Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha.Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim.Não aceito mais ser amiga de stalkers, de gente mal-resolvida e que me ferra pelas costas.Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é só uma:"EU".Podem me chamar de egoísta, eu aceito.Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa -primeiramente - com a gente.Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática.Vacilou? A porta está aberta, meu bem . Sem dó nem piedade."





[muitooooo minha]

[…] mas não me leve a sério. Passou este verão, outros passarão, eu passo

“Tô tirando férias, dando um tempo disso… chega de amar, chega de me doar, chega de me doer.”



Quem sabe um dia,
por descuido ou poesia,
você goste de ficar...



Gosto de quem entende o que eu digo.De quem escuta o que eu penso.Da minha prole. Dos meus discos. Dos meus livros.Da minha solidãozinha.Dos meus blues. Do meu umbigo. De unhas cor de carmim.De homem que sabe ser homem.De noites em claro e dias em branco. De chuva e de sol.Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles.Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver.Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo.Ninguém sabe.Mas eu tenho coração de moça.

É. Eu me acostumo mas não amanso.Por Deus! eu me dou melhor com os bichos do que com gente.(...)E quando acaricio a cabeça de meu cão – sei que ele não exige que eu faça sentido ou me explique.

Ele gosta dela. Não tem mais como fugir.É, dá medo.Ela deve estar com medo também.Gostar é começar o inferno tudo de novo.Mas ela, quem diria, escreve lá no texto que topa.Topa começar tudo de novo."..........Não tenha medo de eu ser assim tão agora.E desse meu agora ser do tamanho do mundo.



Ela lhe contou histórias, ele a ensinou a voar... Amavam-se, mas ele não queria crescer...

E vi as borboletas.E meditei sobre as borboletas.Vi que elas dominam o mais levesem precisar de ter motor nenhum no corpo.-(Essa engenharia de Deus!) -E vi que elas podem pousar nas flores e nas pedrassem magoar as próprias asas.E vi que o homem não tem soberanianem pra ser um bentevi.

Ele não sabe mais nada sobre mim.Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu,que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática ,e sem aquela necessidade toda de ser amada.Ele não sabe quantos livros puder ler em algumas semanas.Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos.Ele não sabe que a cada dia eu penso menos nele,mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou,se o seu olhar continua inquieto. Ele nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias ,e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos.Que tenho sentido mais sono e ainda assim,dormido pouco.Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos.Que aqui faz tanto frio, ele não sabe por mim.Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável.Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre.Ele não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor,ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura.Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ele não sabe sobre nada disso.Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha.Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia:ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.......Eu te agradeço por esse afastamento lento e gradual e pela viagem interrompida por seus perpétuos atrasos causados pelo medo de tirar os pés do chão.Agora, a cada dia eu preciso de uma roupa nova desde que minhas malasforam extraviadas para sempre com todo o nosso excesso de bagagem.Eu te agradeço pela honestidade da sua omissão tão previsível que sempre confundi com meus presságios.Essa ida sem despedida que você covardeou: eu finjo que não sei, você finge que não foi.E a gente segue inventando que ainda se interessa pelo que começamos a construir juntos,num outro contexto, pra realçar nossos vínculos.Eu te agradeço a descoberta de que se não seguimos juntos nessas coisas do amor,seja porque talvez eu, veterana enquanto você ama-dor.

(...)Mas o amor caro(a) colega este não consola nunca de núncaras




...Mas se eu tiver nos olhos
Uma luz bonita
Fica comigo
E me faz feliz
É que eu tô sozinho
Há tanto tempo
Que eu me esqueci
O que é verdade
E o que é mentira em volta de mim
Não há nada que nos dê mais segurança emocional do que não “precisar” dos outros,e sim contar com os outros para aquilo em que eles são insubstituíveis:companhia, sexo, risadas, amizade, conforto.Se ainda não atingiu esse estágio, suba num cavalo imaginário e dê seu grito do Ipiranga.Ficar amarrado à vida alheia faz você viver menos a sua.Nada de se fazer de desentendida,só para não se incomodar.Incomode-se.Dependência é morte.