sábado, 25 de fevereiro de 2012


“Ela era
 assim mesmo, dessas garotas bem tortas. E gostava de ser assim,
 diferente. Ela provocava risos, e tinha a ironia na ponta da língua.
 Sabia usar o sarcasmo como ninguém. Ela não era de sorrisos fáceis, mas
 sempre que sorria, fazia-o com os lábios, e também com os olhos. Ela
 conservava seus amigos, que não eram muitos, mas sim, eram os melhores.
 Como eu disse, ela era torta, errada, mas era ela sem artifícios, sem
 muitos enfeites, porque ela fazia questão de dizer “eu quero que as
 pessoas gostem de mim pelo que eu sou”. Ela era certa, e errada. Cheia
 de imperfeições incorrigíveis. E o melhor de tudo é que ela ainda gosta
 de ser assim, torta.”

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